19 março 2014

ANATOMIA DO PODER

Todo poder é fraco porque ele se fortalece da fraqueza daquilo que a ele obedece. E tudo que se apoia na "fraqueza dos fracos" é fraco pela sua própria natureza, a qual tem na fraqueza dos outros a base da sua fortaleza. A fragilidade da sustentabilidade do poder está na causalidade da sua transitoriedade, que está relacionada com o fato do poder subsistir com superioridade até que encontre a rivalidade de um outro em nivel de igualdade. O poder então é covarde. O poder também é ridículo, assim como o seu detentor, mesmo que ele utilize o artifício de ser em nome da paz e do amor.

Essas premissas são válidas para todo e qualquer poder, inclusive o poder de Cristo que se vangloria na fraqueza do cristão, ou até mesmo o poder de Deus que se realiza na fraqueza da sua Criação.

Você deve estar pensando que eu deveria pedir perdão... Não, não pedirei perdão. Se o fizesse, estaria fugindo da razão, pensando com emoção.



5 comentários:

  1. Posição na contraposição virada dos avessos. Genial!! kkk e complexo!!

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  2. César, eu não me considero alguém apto a discutir sobre química, pois sou economista de formação, bem como teólogo. Quando eu quiser discutir química, procuro um químico. Agora, me espanta que qualquer um se considere com competência para discutir teologia cristã. Sua afirmação sobre a fé cristã neste post é tão profunda, clara e bem fundamentada que quase cabe no twitter.
    O poder de Cristo não se baseia na fraqueza do cristão. É o contrário, a força do cristão é a fraqueza assumida por Cristo no seu auto-esvaziamento (kenosis), no qual ele assume a fraqueza humana para derramar sobre ela a sua poderosa graça. Ele é poderoso, mas assumiu a nossa fraqueza para nos resgatar. Ao ressuscitar dentre os mortos, assumiu novamente o seu poder. Bom, não estou preocupado se você crê ou não. Apenas penso que deveria ter mais humildade para não falar bobagem acerca do que não entende. Posso não gostar de química ou de esoterismo oriental, mas não tenho direito de falar bobagem acerca destes assuntos simplesmente por não gostar deles.
    Depois de ler o seu post, cheguei à mesma conclusão que você, depois que escrevi o que acabei de escrever:
    "Você deve estar pensando que eu deveria pedir perdão... Não, não pedirei perdão. Se o fizesse, estaria fugindo da razão, pensando com emoção".

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    1. +Marcio Marques, não é apenas a Vontade de Poder que impõe a fraqueza,,, Fernando Pessoa, já no tocante a Celebridade, deixou isso bem claro: Só o homem que é verdadeiramente notório, sabe não vale a pensa sê-lo; posto que a Fama é irreversível, uma vez célebre...
      O Cristianismo todo em si, desde seu nascimento até a última reabertura dos Testamentos (0nline) é uma fraqueza, porque foi e é: o maior responsável como instrumento de servir aos poderosos, para anestesiar as massas.
      Não se disse aqui que isso não seja um imenso Poder... mas que jamais um inegável Poder, foi tão mal empregado.
      A começar por não ser inteligente ser mártir... quem inteligência tem, não morre pelo problema; soluciona-o!
      É retórica (mais para o dono do blog que para uma interlocução consigo!, Sem desmerecer sua educação com as palavras, claro...)

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  3. +Cesar Rosa, suponhamos, teorizemos ou concluamos que o Poder seja uma relação ora inerente, ora indiferente a quaisquer outras intensões humanas, além da Relação Social. Suponha que de qualquer ajuntamento de Pessoas, decorra ai uma força além, chamada Gravidade. Agora teorize que o magnetismo, seja uma consequência do calor no atrito de tais relações; seja o que for o Poder que de tais forças emanem, ou ele se curva à Filosofia, ou Eu nitianamente o curvarei, ou circunscreverei.
    Simples assim, Niti se disse dinamite, por eletricidade, terei sua interlocução, mas um aviso... não se aproxime muito... porque superei Nietzsche: sou radioativo.
    Scipsi
    Tenho Escrito

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  4. Quer acompanhar a linha de raciocínio? Elimine a Antítese de suas abordagens... Trabalharemos com Arquíteses: *Tese e Síntese!*

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