Prof. Marcelo da Luz
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Ou seja, milagres não existem, e são um ledo engano. Levitar sobre o mar, transformar água em vinho, fazer os peixes e os pães proliferarem, curar as doenças das outras pessoas e ressuscitá-las, por incrível que pareça, são fenômenos possíveis de serem realizados por qualquer um de nós, porque a nossa natureza permite isso; desde que se desenvolva essas capacidades paranormais, geralmente através de certos estudos e práticas, isto é, de treinamentos, já bem conhecidos mundialmente. Porém, são treinamentos muito árduos, com dedicação exclusiva e que consomem muitos anos de prática.
Milagre mesmo, seria alguém conseguir fazer com que 2 + 2 fosse diferente de 4, que fosse 3 ou 5, por exemplo. Pode ter o poder que for, que ninguém conseguirá fazer isso. Essa característica matemática é um default desse universo, que já está definido desde que ele foi criado, e ninguém conseguirá modificar isso, nem mesmo Jesus, pois exigiria a construção de um novo cosmos com novas leis e características bem diferentes das atuais.
O mundo oriental encara esses tais "milagres" de uma forma bem diferente do mundo ocidental; na Índia, então, é visto com bastante naturalidade. A linha do Ioga é muito profícua nisso. Por exemplo, existiu um iogue chamado Babaji, muitíssimo famoso no meio esotérico, que demonstrou, na prática, ter tido até muito mais poderes do que Cristo nos apresentou. O famoso livro "Autobiografia de um Iogue" de autoria do Yogananda, é rico desses casos. O Sai Baba, que conseguia materializar ouro, é um outro exemplo mais recente. Entre os monges do Tibet, levitação, materialização e transformação de matéria, utilizando o poder das nossas mentes, não causa nenhum espanto. Já foram realizadas várias experiências controladas em universidades indianas, em que iogues comprovaram esses fatos, como sobrevivência após muito tempo sem se alimentar ou até permanecer enterrado em uma cova. É sabido que Cristo passou um período da sua vida estudando na Índia, o que faz bastante sentido. E é bem provável que os seus poderes paranormais tenham sido desenvolvidos dessa forma.
Jesus Cristo só não teve um poder: visão a longo prazo dos efeitos nocivos da doutrina que ele daria origem.
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