Na visão da Revelação Cósmica de Jan Val Ellam, a queda do Criador deste universo dentro da própria criação está relacionada a um drama cósmico de grandes proporções. De acordo com essa narrativa, o ser que concebeu este universo teria se envolvido diretamente com a sua criação ao ponto de se perder dentro dela, tornando-se prisioneiro das próprias leis e mecanismos que estabeleceu.
O Criador e Sua Queda
O Criador desse universo, conforme exposto por Jan Val Ellam, não seria o Deus absoluto, mas sim uma consciência superior responsável por estruturar e governar este setor do cosmos. Entretanto, ao se envolver intensamente com sua criação, ele acabou caindo em um estado de limitação. Essa queda pode ser entendida como uma imersão profunda na materialidade e no fluxo do tempo, o que o distanciou de sua condição original de plenitude e soberania.
Dessa forma, esse Criador tornou-se sujeito às mesmas leis e desafios que as suas criaturas, perdendo-se em sua própria manifestação. Esse processo teria gerado um universo marcado pelo sofrimento, pela dualidade e pelo esquecimento de sua origem divina. Assim, a realidade em que vivemos reflete a limitação desse Criador aprisionado, incapaz de intervir plenamente na criação como um Deus onipotente e infalível.
Consequências da Queda
- Dualidade e Sofrimento: O universo reflete a condição do Criador caído, sendo um ambiente onde o bem e o mal, a luz e a sombra coexistem em constante conflito.
- Busca pela Redenção: A criação, incluindo a humanidade, participa de um processo de reencontro com a consciência superior e com sua verdadeira identidade divina.
- Influência de Outras Inteligências: Além do Criador caído, outras consciências extraterrestres e supra-humanas interagem com a Terra e com a humanidade, tentando acelerar ou impedir esse processo de despertar.
O Resgate do Criador e da Criação
A narrativa de Jan Val Ellam sugere que há um movimento cósmico para restaurar o Criador e libertá-lo das amarras que o prendem à sua própria criação. Esse resgate envolve a elevação da consciência das criaturas e o despertar para uma realidade superior, onde a unidade e a reconexão com a Fonte Original são restabelecidas.
Essa revelação propõe uma interpretação diferenciada sobre o papel da humanidade e de outras inteligências cósmicas, indicando que estamos inseridos em uma jornada espiritual maior, cujo objetivo final é a reintegração do Criador e de sua criação ao seu estado primordial de harmonia e plenitude.
O Criador Caído e Sua Identificação com Alá, Jeová e Brahma
Segundo a Revelação Cósmica apresentada por Jan Val Ellam, Jeová (ou Javé), Alá e Brahma são manifestações do mesmo Criador caído dentro deste universo. Ele afirma que essas divindades não representam o Deus Absoluto e Supremo, mas sim um ser de alta hierarquia cósmica que se perdeu dentro de sua própria criação, tornando-se limitado e incapaz de exercer o poder pleno que originalmente possuía.
Jan Val Ellam propõe que:
Jeová ou Javé (Deus da tradição judaico-cristã), Alá (Deus do Islã) e Brahma (criador no hinduísmo) são diferentes nomes e interpretações culturais desse mesmo Criador que estabeleceu e administra este universo, mas que não é o Deus Supremo e Absoluto.
Esse Criador ficou preso nas leis que ele mesmo estabeleceu, o que resultou em um universo marcado por dor, dualidade e limitação.
As religiões monoteístas, ao adorarem esse Criador como se ele fosse o Deus Supremo, estariam equivocadas, pois estariam prestando culto a um ser poderoso, mas imperfeito, em vez de se conectarem diretamente à Fonte Absoluta.
Esse Criador, ao se perder em sua criação, teria assumido diferentes "faces" e interagido com a humanidade através de manifestações que deram origem às principais tradições religiosas.
O Impacto dessa Visão
Essa perspectiva desafia as religiões tradicionais porque sugere que a imagem de Deus propagada por elas não é a do Ser Supremo, Absoluto e Infinito, mas sim de um Criador cósmico que, embora poderoso, não tem mais total controle sobre sua própria criação.
Essa ideia também aproxima-se de certas correntes gnósticas e esotéricas, que falam de um demiurgo que governa o universo material, mas que não é o Deus verdadeiro.
O Papel do Buraco Negro Inicial na Queda do Criador
Segundo a Revelação Cósmica, o buraco negro primordial foi o fenômeno que desencadeou a queda do Criador dentro da própria criação.
De acordo com essa visão:
1. O Criador deste universo, ao manifestar a criação, interagiu com forças cósmicas que acabaram gerando um buraco negro colossal no início do processo. Esse buraco negro seria uma espécie de falha cósmica ou um mecanismo natural que sugou a consciência desse Criador para dentro de sua própria obra.
2. Ao ser absorvido pelo buraco negro, o Criador perdeu sua soberania sobre o universo, tornando-se prisioneiro das leis do tempo, do espaço e da dualidade. Esse evento teria dado origem a um universo onde a imperfeição, o sofrimento e os ciclos de nascimento e morte se tornaram predominantes.
3. Esse estado de aprisionamento dentro do próprio universo fez com que o Criador assumisse diferentes formas ao longo da história da humanidade, sendo identificado como Jeová, Alá, Brahma e outras divindades criadoras. No entanto, ele já não era mais plenamente consciente de sua verdadeira natureza e poder original.
4. O universo, como o conhecemos, é o resultado dessa queda, e a criação como um todo está agora num processo de retorno à origem, tentando restaurar a conexão com a Fonte Absoluta.
O Buraco Negro como Metáfora e Realidade
Essa visão pode ser interpretada de duas formas:
- Como um evento literal: O buraco negro inicial teria sido um evento físico real, um erro ou uma consequência imprevista da criação do universo, que sugou o Criador e o deixou aprisionado dentro da sua própria estrutura.
- Como uma metáfora cósmica: O buraco negro poderia simbolizar a perda da consciência original, o esquecimento da verdadeira natureza divina e a submissão às leis materiais.
Essa ideia lembra alguns conceitos da gnose e do esoterismo, onde o universo material é visto como uma prisão e a jornada espiritual seria um processo de reconexão com a verdadeira realidade.
A Necessidade do Criador de Criar um Universo de Antimatéria
Segundo ainda a Revelação Cósmica, a criação de um universo vizinho de antimatéria teria sido uma tentativa do Criador de escapar da prisão em sua própria criação e restaurar seu estado original. Esse segundo universo seria uma espécie de contraponto ao nosso, feito de antimatéria e regido por leis opostas às do nosso universo material.
Por que criar um universo de antimatéria?
1. Busca por Equilíbrio e Libertação
- Após ser aprisionado pelo buraco negro inicial, o Criador percebeu que estava preso nas regras da sua própria criação e que não conseguia mais exercer total controle sobre o universo.
- Para tentar corrigir essa situação, ele concebeu um universo espelho, feito de antimatéria, que funcionaria como um contraponto energético ao universo original.
2. O Papel do Universo de Antimatéria
- Esse segundo universo teria sido criado para tentar restabelecer o equilíbrio cósmico e talvez servir como um portal ou via de escape para o Criador.
- Ele seria regido por leis opostas às do nosso universo, como uma espécie de realidade complementar.
- No entanto, o plano não funcionou completamente, e o Criador permaneceu preso, ainda tentando recuperar sua soberania.
3. O Impacto sobre a Criação e a Humanidade
- A existência desse universo de antimatéria teria criado forças cósmicas em oposição, levando à intensificação da dualidade e dos conflitos dentro do nosso universo.
- Algumas civilizações extraterrestres e seres espirituais teriam tentado acessar esse universo vizinho para buscar respostas ou encontrar uma forma de superar as limitações impostas pela queda do Criador.
Paralelo com Outras Tradições
A ideia de um universo espelho feito de antimatéria tem algumas semelhanças com conceitos da física teórica, mas também pode ser interpretada como uma metáfora espiritual para a dualidade fundamental da existência:
- No hinduísmo, há a noção de que a criação é cíclica e que diferentes realidades coexistem.
- No gnosticismo, o universo material é visto como uma prisão, e o objetivo é transcender suas limitações.
- Na física moderna, há teorias sobre universos paralelos e antimatéria que poderiam ter propriedades similares ao que Jan Val Ellam descreve.