28 outubro 2015

UMA TERRA SEM AMOS

A INTERNACIONAL

De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos em tal mundo,
Sejamos tudo, ó produtores!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistamos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

O crime do rico a lei o cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direito para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo quer só o que é seu!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo!
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.




Nenhum comentário:

Postar um comentário