11 maio 2015

MILAGRE OU PARAPSIQUISMO?

"A prova da divindade de Jesus eram os milagres. Mas, se nós formos analisar profundamente o fenômeno, nós vamos ver que Jesus incorre, como tantos outros místicos incorreram, no engano parapsíquico. Esse engano parapsíquico seria não assumir a condição de que o desenvolvimento do parapsiquismo é algo ínsito a qualquer um de nós, é uma capacidade da consciência, é uma manifestação da consciência. Uma vez que você é capaz de se comunicar com dimensões extrafísicas, ou vivenciar uma série de fenômenos que ultrapassam a materialidade do mundo — a condição corpórea —, você faz isso enquanto é um ser que é capaz de desenvolver algo que é inerente à nossa condição. E isso não significa que o que as pessoas chamam de poderes paranormais — ou poderes espirituais, ou fenômenos extrassensoriais —, sejam uma revelação divina, ou sejam milagres; porque eles são coisas que estão dentro do próprio âmbito, da própria capacidade da nossa consciência. Então, muito da religião encontra origem na interpretação falsa de fenômenos parapsíquicos. Jesus atribui tudo o que ele faz enquanto fenômeno parapsíquico ao 'Pai', à figura de Deus, então um poder sobrehumano, e ele não leva os seus seguidores a desenvolver essas capacidades; ou, se ele faz em alguns momentos, é sempre dizendo que esse poder vem do alto. Então, as pessoas não têm condição, ou a possibilidade, de se autodesenvolverem; você sempre tem necessidade, e o cristianismo acabou fincando muito isso na consciência do mundo, de que tudo o que é bom no ser humano tem que vir de outra instância superior, que o ser humano não é capaz por si mesmo de eleger valores, de constituir esses valores e de chegar a uma plenitude — se você faz algo de bom é porque isso você recebeu."
Marcelo da Luz  (professor de Conscienciologia)




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