« O DESENVOLVIMENTO DO SUBDESENVOLVIMENTO »
Uma teoria desenvolvida por uma geração de intelectuais militantes que não elaboravam o pensamento só pelo livre pensar, mas com o objetivo claro de interpretar a realidade para instrumentalizar a luta social. Essa teoria explica por que a economia brasileira, e da América Latina, está condenada, dentro do capitalismo, a ser sempre subalterna ao polo central de acumulação mundial do capital; corroborando a tese de que:
➤ o rico cria o pobre,
➤ o desenvolvido cria o subdesenvolvido,
➤ o subdesenvolvido desenvolve o desenvolvido,
➤ mais desenvolvimento não elimina o subdesenvolvimento.
A Teoria da Dependência é uma formulação teórica desenvolvida na década de 1960 por intelectuais como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank, Theotonio dos Santos, Vânia Bambirra, Orlando Caputo, Roberto Pizarro e outros, e que consiste em uma leitura crítica e marxista não-dogmática dos processos de reprodução do subdesenvolvimento na periferia do capitalismo mundial, em contraposição às posições marxistas convencionais dos partidos comunistas e à visão estabelecida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
(Wikipédia)
Vertente Marxista
Nunca será possível passar de uma situação de subdesenvolvimento para desenvolvimento, a não ser com a revolução socialista.
Vertente Weberiana
Estamos na situação de dependência, mas é possível mudar de posição, ou seja, pode haver desenvolvimento capitalista na periferia, e sem vínculo com o socialismo.
CEPAL
A CEPAL é uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas e sua sede está em Santiago do Chile. Foi fundada para contribuir no desenvolvimento econômico da América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho foi ampliado aos países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover também o desenvolvimento social.
A Teoria da Dependência surge na década de 1960 para repensar o modelo cepalino, isto é, desenvolvido pela CEPAL, e oferecer uma alternativa de interpretação da dinâmica social da América Latina. Portadora de um método analítico mais sofisticado, ela suplantou com facilidade o estagnacionismo, que havia sido abraçado pelos remanescentes do nacional-desenvolvimentismo, e transformou-se na crítica mais consistente ao desenvolvimento autoritário, que países como o Brasil, a partir de 1964, começaram a aderir.
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